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Mudanças na EJA geram debates e preocupações.

10/12/2008

O parecer do Conselho Nacional de Educação que pode mudar para 18 anos a idade mínima de ingresso na Educação de Jovens e Adultos (EJA) gera polêmica entre a comunidade escolar. Tema da audiência de ontem da Comissão de Educação da Câmara da Capital (Cece), a medida motivou abaixo-assinado de profissionais e instituições com essa modalidade de Ensino. E os integrantes da rede municipal buscarão ainda agendar reunião com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro.
O documento do CNE, que altera dos atuais 15 para 18 anos a idade de ingresso na EJA, aguarda análise do ministro da Educação, Fernando Haddad, que pode homologar ou não a proposta. O texto prevê que os sistemas de Ensino teriam até 2013 para desenvolver programas voltados à permanência dos jovens de 15 a 17 anos na escola regular. E, a partir daí, a EJA seria só a maiores de 18 anos.
Apenas na rede municipal com EJA em Porto Alegre são cerca de 2,5 mil alunos nessa faixa etária. ‘Na prática, a medida excluirá jovens de 15 a 17 anos da escola’, avalia o diretor-geral da Associação dos Trabalhadores em Educação/PoA (Atempa), Flávio Helmann. Para ele, o ideal seriam políticas para que os jovens permaneçam na escola regular, sem fechar portas como a EJA.
A Cece buscará encontro com o titular da Secad. Segundo a presidente da Comissão, Sofia Cavedon, ‘não se pode apenas proibir o ingresso na EJA. É preciso ver os motivos que afastaram esses jovens da escola regular’. Ela acredita que é preciso investir na qualidade da EJA, com aulas presenciais e professores qualificados.
Fonte: Correio do Povo