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Peemedebistas destacam avanços dos 15 anos do plano real

02/07/2009

Brasília (02/07/2009) – O plano real, que estabilizou a economia do país, completa hoje 15 anos de existência. De lá pra cá os brasileiros enfrentaram diversas crises internacionais sem a instabilidade característica dos altos índices inflacionários que marcaram as décadas de 70 e 80. Para o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (SP), o Plano Real trouxe a possibilidade de um planejamento econômico por parte do Governo e da sociedade, além de atrair qualidade de vida, ganho financeiro aos diversos setores econômicos, bem como a estabilidade econômica.

 

No primeiro semestre de 1994 a inflação média foi de 7.300 % ao ano. Já no primeiro ano do plano, o índice chegou a 33% ao ano. Quatro anos depois, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingia 1,7%. ?O Plano Real restaurou a capacidade de organização do estado brasileiro, permitindo que o povo obtivesse ganhos fundamentais no seu cotidiano. O fim do imposto da inflação aumentou a qualidade de vida das pessoas, houve ganho em vários setores da vida do País com a estabilidade econômica?, avaliou Temer.

DIMINUIÇÃO DA MISÉRIA – Na opinião do deputado Eunício Oliveira (CE), o Plano Real deu ao País condições de crescer, gerar renda e fazer com que as pessoas mais pobres tivessem oportunidade. Além disso, o País está economicamente estável, há crescimento social, diminuição absoluta da miséria e da desigualdade social. ?Nós temos muito que comemorar o Plano Real, pois ele contribuiu para que o País não tenha inflação, com uma moeda estável, além de ser um dos países mais respeitados do mundo?.

Quanto ao governo atual, o deputado Eunício, comentou a redução do superávit, porque aconteceu no momento em que a crise explodiu no país. ?Enquanto os países com as economias totalmente privatizadas tiveram 100% de impacto na economia. O Brasil sofreu um impacto muito menor do que se dependesse do FMI?, acrescentou.

O deputado Edinho Bez (SC) afirmou que o PMDB foi muito importante para implantação do Plano Real, em especial na sua manutenção. Como o maior Partido, na época, ocupou a posição e o papel, no que tange valorizar a produção e o investimento. Para ele, o plano foi fundamental para estabilizar a economia, reduzir a inflação e incentivar o setor produtivo.

Bez lembrou que foi o relator do Sistema Financeiro Nacional na época do Presidente Fernando Henrique Cardoso e, que algumas modificações foram feitas para manter e consolidar a estabilidade do plano real.

 

DEMOCRACIA CONSOLIDADA – O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes (PR), relembrou que participou de uma reunião com a primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher, dois anos após o Plano Real no Brasil, onde ela teria afirmado que o Brasil tinha plenas condições de se colocar entre as primeiras economias do mundo. Além disso, a ex-primeira-ministra havia dito que o país teria precedência sobre as demais nações porque já tinha democracia consolidada.

Para o ministro, o Brasil tem trabalhado muito nos seus fundamentos desde a implantação do Plano Real, tratando a economia como deve ser tratada. Dessa forma, valorizando o real. Mas também fez críticas, pois o Plano Real afetou especialmente o agricultor, que foi obrigado a reduzir os seus preços. ?Nos três anos seguintes ao Plano Real, a produção agrícola brasileira caiu e parte do endividamento do setor vem daquela época. Isso ocorreu porque os preços caíram muito e não remuneravam o produtor e até por razões climáticas?, ponderou.

 

O deputado Celso Maldaner (SC) ressaltou que o plano real foi extremamente positivo para a agricultura brasileira, uma vez que as transformações econômicas fortaleceram o papel do produtor. E, mesmo com as crises internacionais, a agricultura conseguiu manter-se como a principal alavanca do superávit da economia nacional.

O deputado Moacir Micheletto (PR) considerou o Plano Real, um programa econômico bem- sucedido, cujo reflexo se verifica até hoje. Segundo o parlamentar, ?seu êxito, porém, deve ser creditado muito ao agronegócio brasileiro?. Para o parlamentar, a sociedade urbana precisa entender que a estabilização dos preços dos alimentos contribuíram para a queda da inflação e para a melhoria do desempenho da balança comercial, mas isso não refletiu na renda do produtor rural, que é hoje encontra-se endividado.

 

Micheletto destacou que o grande beneficiário do Plano foi o consumidor, que teve mesa farta e preços acessíveis aos alimentos. ?O produtor não conseguiu ser remunerado adequadamente para cobrir os seus custos na produção desses gêneros. Com isso, ano após ano foi se endividando e hoje só com os bancos oficiais essa dívida estima-se ultrapassar o montante de R$ 120 bilhões?. Mesmo assim, na visão do deputado, o produtor foi eficiente no aumento da produção de grãos, que saiu de 75 milhões de toneladas na época para os atuais 132 milhões de toneladas, além do crescimento observado na produção de outros alimentos.