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Ensino a distância contribui para formação cidadã, diz Elisiane Silva

31/10/2009
Brasília (29/10/2009) – O ensino a distância é hoje uma realidade no Brasil e, especialmente, na Fundação Ulysses Guimarães, onde há cerca de 100 mil alunos já inseridos no programa de Formação Política. Com a finalidade de formar politicamente a militância e unificar o debate político, a Fundação promove, em todo o Brasil, cursos de Formação Política. “A base, os militantes e os agentes políticos são atores do processo político capazes de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. Esta é a razão da prática política”, afirmou Secretária-Executiva Nacional do núcleo de Educação a Distância (EAD), Elisiane Silva.
Em entrevista ao site da Fundação, ela faz um balanço dos cursos que já estão em andamento e traça  perspectivas para o ano que vem. Entre as novidades, está um novo curso: Formação de Agentes da Cidadania.
Depois de três anos, como você avalia o trabalho do ensino a distância (EAD) promovido pela Fundação Ulysses Guimarães?
Inicialmente, é importante falar sobre o nascimento do EAD. A formação política sempre foi uma disposição estatutária do nosso partido. Por sua vez, a Fundação Ulysses Guimarães tem como missão, a responsabilidade de levar à militância a formação política. Quando o deputado Eliseu Padilha assumiu a presidência nacional da Fundação, ele criou um programa que viabilizou que os cursos oferecidos pudessem chegar a todos os estados da federação. Com a experiência adquirida no Rio Grande do Sul, implementou o curso Básico de Formação Política Ulysses Guimarães, utilizando o método de ensino a distancia. A ferramenta utilizada por diversas áreas da educação e da formação profissional passa a ser utilizada como instrumento na formação da base partidária. O que nós conseguimos com isso? A primeira e principal revolução: a formação política dos nossos militantes. Este posicionamento é uma unanimidade no Partido e na Fundação.
Como foi a receptividade no Partido?
Todos os líderes apóiam porque acreditam que a formação política é essencial para o crescimento do Partido. Alguns estados implantaram os cursos de forma mais acelerada do que outros, porém, todos, incondicionalmente levantam a bandeira da formação política para a construção de um partido forte, a partir da base. Além disso, o material oferecido pela Fundação tem o reconhecimento de todos como de alta qualidade. É a Fundação desenvolvendo sua missão com organização e excelência técnica.
E como a Fundação conseguiu atingir todos os Estados?
Em novembro de 2007, foi realizada a apresentação do Programa de Formação Política e o Plano de Ações da Fundação, em um encontro em Brasília, onde se fizeram presentes quatro representantes de cada Estado. Como o programa utiliza o método de ensino a distancia, consegue-se atingir, simultaneamente, a base do partido independentemente de localização geográfica. O método possibilita ainda a unificação do discurso partidário. Ou seja, os temas debatidos no Acre são os mesmos debatidos em Santa Catarina. Assim, de forma gradual, inicia-se o debate de ideias quanto a temas uniformes em todo o Brasil. É a consolidação da identidade partidária do PMDB.
O debate de ideias acaba levando a geração de políticas públicas?
Sim. Além de levar educação e informação aos alunos, estamos provocando o debate de ideias para a construção de políticas públicas de qualidade, preparando a militância para o embate político e o pleno exercício da cidadania, sem qualquer custo para os filiados e cursistas em geral. O mérito do Presidente Padilha, como maestro desta nova era, está na implantação do Programa em tempo recorde: o sonho saiu do papel e tornou-se realidade em apenas três meses. Com calendário, metas e objetivos pontuais, o Presidente conseguiu levar a Formação Política a todos os Estados da Federação. Para se ter uma idéia da dimensão do Programa, no primeiro ano, 2007, o Curso Básico de Formação Política, com apenas 7 meses de existência, já contava com 37 mil alunos matriculados.
Depois de três anos, qual a realidade hoje? Quais os estados mais engajados no projeto?
Nós temos as mais diversas realidades, e para não fazer injustiça, não há como destacar os mais atuantes (ver quadro anexo “Como o EAD transformou e formou a militância peemedebista”). A realidade posta hoje é de uma militância que se sente prestigiada pela Fundação e pelo PMDB. A Coordenação Nacional diariamente recebe manifestações de agradecimento pela qualidade do material dos cursos. Os alunos enviam trabalhos, fotos das turmas e das formaturas, e o que constatamos nestas fotografias – que estão disponíveis na galeria do site www.ead.fundacaoulysses.org.br – é que a sociedade se interessa, sim, por política. São militantes e pessoas comuns das comunidades reunidas, discutindo o processo político. Internamente, é a volta da discussão do ideário partidário e, porque não dizer, do ideário público, onde as pessoas abdicam do “eu” para pensar em um projeto que envolva a todos. Sem sombra de dúvidas, é uma nova realidade. Quando poderíamos imaginar mais de 100 mil alunos inscritos em Cursos de Formação Política?
De que forma o EAD contribui para incrementar o processo político do PMDB?
Acredito que o EAD tem contribuído para a discussão do processo político nas comunidades e, especialmente, para o nascimento de novas lideranças. Não há como construir um partido de cima para baixo. Se quisermos mudanças no processo político, essas devem começar pelos municípios onde residem todos os brasileiros. Assim, a Fundação trabalha para que os Cursos alcancem todos os municípios Brasileiros. Somos o maior partido do Brasil porque colhemos os frutos plantados nos anos de 70, 80 e 90. E, a Fundação está plantando novos frutos para que o PMDB continue sendo o maior partido do Brasil, no mínimo, pelos próximos 30 anos. As discussões realizadas nos Diretórios do Partido têm propiciado o surgimento de novos líderes. Vou exemplificar: em determinado município gaúcho, o PMDB tinha perdido a eleição municipal e estava completamente desmobilizado. O Diretório Estadual ofereceu os cursos de formação e uma mediadora reuniu um grupo de 40 pessoas. Ao longo de seis meses, o grupo se reunia todas as semanas. Na eleição do Diretório Municipal, essa mediadora criou uma chapa, se lançou candidata a Presidente do partido, numa completa renovação do diretório, e se elegeu presidente. Dois anos depois, o partido elegeu o prefeito do município. Então, os cursos têm contribuído para que os novos líderes nas pequenas comunidades sejam revelados. Os cursos além de proporcionar formação do cidadão, são uma importante ferramenta para que o partido mantenha contato direto com a base. Eu acredito que os cursos estão formando uma massa crítica diferenciada com relação às discussões internas do partido. Assim, a FUG cumpre seu papel social de formação de cidadãos conscientes de seus direitos e obrigações, independente da questão partidária. Devemos oferecer os cursos aos grêmios estudantis, aos sindicatos, as associações. É a formação de novos líderes que, certamente, contribuirá para oxigenação das fileiras partidárias com novas filiações.
Quais são os novos planos, os novos cursos programados pelo EAD/FUG, visto que em 2010 haverá eleições majoritárias?
É importante que fique claro que o nosso programa de formação política é continuado. Assim, a FUG oferece os cursos de formação a qualquer tempo, não há data de início ou de encerramento. Pelo método do EAD, os cursos respeitam o calendário determinado pelos Municípios. Hoje, oferecemos os seguintes Cursos: Curso Básico de Formação Política Ulysses Guimarães, Curso Preparatório de Candidatos e o Curso para Gestores Públicos Municipais. Todos disponíveis, bastando o requerimento para a abertura de turma e a indicação de um Mediador, que trabalha voluntariamente. Para 2010, o presidente Padilha já deflagrou a organização do Curso de Formação de Agentes da Cidadania. O curso qualificará os alunos para a participação nos órgãos já institucionalizados da democracia participativa, nas diversas áreas. O conteúdo programático, que ainda está em estudo, habilitará agentes da cidadania. Dessa forma, a militância peemedebista estará preparada para atuar, por exemplo, nos conselhos municipais de saúde, de educação, participando efetivamente na tomada de decisões, dominando temas como orçamento e prestação de contas, e obtendo melhores resultados, com os mesmos recursos. Hoje, muitas pessoas de boa vontade não conseguem alcançar os melhores resultados por despreparo técnico, considerando que o setor público possui regras próprias, com limites legais, normatizações, que, muitas vezes, restringem a atuação do Conselheiro Cidadão. Conhecer como funciona o processo e quais são as suas regras, dará, com certeza, ao conselheiro melhor poder de fiscalização e de fixação de políticas públicas visando melhorias sociais.