Notícias
Fundação em Minas Gerais encontra-se com ex-embaixador de Moçambique
14/06/2013O presidente da Fundação Ulysses Guimarães de Minas Gerais, Itamar de Oliveira, representou a instituição na instalação do Centro de Estudos Africanos da Universidade Federal de Minas Gerais, no encerramento do XXIII Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa, realizado de 9 a 12 de junho em Belo Horizonte.
Na oportunidade, assinalou que a internacionalização do Centro de Estudos Africanos da UFMG abre perspectivas para a formação de redes interdisciplinares na área acadêmica e nas organizações não governamentais. Informou ainda que o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, e o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Eliseu Padilha, possuem uma visão comum a respeito das novas responsabilidades do Brasil no cenário internacional.
O reordenamento da política de cooperação com a União Europeia e a prioridade às iniciativas de cooperação no âmbito das comunidades de língua portuguesa são os pilares da plataforma de trabalho no PMDB e na Fundação Ulysses Guimarães, informou o professor Itamar de Oliveira.
Vozes africanas de língua portuguesa
O ex-embaixador de Moçambique no Brasil e atual secretário-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Murade Murargy, afirmou, na oportunidade, que os países africanos de Língua Portuguesa esperam que o Brasil reconheça a África como civilização rica e milenar e não o veja como continente africano através, apenas, do crescimento econômico, empresarial e financeiro. "O Brasil, que enfrentou desafios para se libertar do domínio político estrangeiro, precisa compartilhar com toda a África um novo sentimento de fraternidade e solidariedade para se tornar uma liderança internacional identificada com as nações que não aceitam mais a devastação de seu patrimônio ético e cultural", disse.
O embaixador Murade Murargy tem uma série de reuniões agendadas com vários ministros da presidente Dilma, com o objetivo de preparar uma série de iniciativas diplomáticas e políticas que demonstrem no continente africano que o governo e a sociedade brasileira desejam avançar na construção de uma plataforma de cooperação internacional pautada pela responsabilidade social.
"Temos a confiança de que a iniciativa de valorização da cultura africana, como a criação do Centro de Estudos Africanos da Universidade Federal de Minas Gerais, evidenciam que o Brasil pode conhecer melhor a África contemporânea que tende a ter mais peso e influência no plano internacional", assinalou o embaixador Murargy .