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Seminário Conexão – Mídias Sociais, realizado pela Fundação Ulysses, acontece nesta quarta
20/11/2013Brasília (DF) – A Fundação Ulysses Guimarães promove, nesta quarta-feira (20), o seminário Conexão – Mídias Sociais. O evento, que acontece em Brasília, reúne peemedebistas, assessores de imprensa e a comunidade interessada em entender as inovações nas comunicações após a difusão das redes sociais na internet.
O deputado Eliseu Padilha (RS), presidente da Fundação Ulysses Guimarães, abriu o evento ressaltando a importância do debate sobre as mídias sociais no atual cenário político. “Hoje estamos discutindo o que pode ser o maior e o mais expressivo dos resultados que poderemos obter com os trabalhos da Fundação”, disse.
Padilha lembrou que, em 2011, foi realizada uma ampla pesquisa nacional sobre a percepção da política pela população e 89,8 % dos brasileiros não estavam “nem aí para os partidos políticos, para as organizações políticas e para tudo isso.E isso foi com relação a todos os partidos. Apenas 10, 2% estavam interessados e são praticamente o público que já atua em ambientes políticos .O que avaliamos é que a legitimação política dos representantes estava em risco”.
As manifestações que aconteceram este ano em todo o Brasil expressam qual é a vontade popular, segundo o presidente da Fundação: “Em junho de 2013 esses 90% foram para a rua e disseram e eles querem o poder? Não. Eles querem uma democracia eficiente. O que eles querem dizer é ‘eu não aceito representante político’ ou ainda ‘ninguém me representa’. Essa é a voz daqueles 90%. E agora vem o porquê deste evento:quem conscientizou esses 90% em relação às instituições políticas, em relação ao político, foram as mídias sociais. Lembrem a primavera árabe, lembrem os movimentos em Paris, Madrid, que foram organizados pelas mídias sociais”, observou P adilha.
A adequação da linguagem nas campanhas políticas, sejam elas eleitorais, ou de debate de ideais, é algo urgente, pois os debates mudaram de ferramenta. “Os 90% falam a língua própria deles, que nós, da classe política, não entendemos e não falamos. A eleição de 2014 vai ser similar, no que diz respeito às mídias sociais, à que foi do Barack Obama, no contato direto e instantâneo”, destacou o deputado.
Durante o evento serão realizadas palestras sobre mídias sociais conduzidas por Mauro Martinelli, que participou da campanha do primeiro ministro de Portugal, Pedro Passo, entre outros, Beto Andrade, que coordenou as mídias sociais na campanha da presidente Dilma Rousseff, entre outros palestrantes.
“Eu não sou técnico, sou curioso. Aqui veremos os técnicos que entendem o assunto.Temos a oportunidade hoje de conhecer o que vai ser a grande ferramenta das eleições de 2014. Cabo eleitoral, bandeirinha não terá mais a mesma eficiência que têm as mídias sociais, que interagem com os interesses de cada um”, enfatizou Martinelli.
A democratização da informação é uma realidade que mudou a relação da população com as informações sobre política. “A informação foi democratizada, está democratizada. As pessoas não aceitam mais precariedade nos serviços, querem uma democracia que seja eficiente. Saímos das garantias das liberdades absolutas e fomos para uma democracia sócio-participativa, mas as ruas querem mais, querem que uma democracia de serviços eficientes.Esse tempo em que uns poucos possuíam a hegemonia da informação acabou com a internet”, lembrou Eliseu Padilha.
A Fundação terá o papel de difundir esses novos conhecimentos, para o presidente da instituição. “Quero ter, depois das eleições do ano que vem, a convicção de que fizemos tudo o que podíamos. Estamos gastando capital político e precisamos recapitalizar e isso passa por essa nova forma de comunicação e de organização”, concluiu.