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Em balanço, líderes peemedebistas destacam metas para o Partido em 2014

19/11/2013

Brasília (DF) – O presidente nacional da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha (RS) abriu há pouco, em Brasília, o 6º Encontro Nacional de Presidentes Estaduais da FUG destacando a importância da avaliação das metas trabalhadas pela Fundação nos últimos sete anos e a necessidade de se criar estratégias para adesão às mídias sociais. O evento marca o balanço anual das atividades da Fundação nos estados e das ações relacionadas ao Ensino a Distância e contou com a presença de lideranças políticas nacionais e estaduais do PMDB, como presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp (RO), o vice-presidente da República, Michel Temer, o vice-governador do Piauí, Antonio José de Moraes Souza Filho, os deputados Lúcio Vieira Lima (BA), Edinho Araújo (SP), Iris Araújo (GO) e deputado estadual Raniery Paulino (PB).

Em seu pronunciamento, o presidente Eliseu Padilha, analisou as transformações políticas e sociais que aconteceram em 2013. “Estamos ao final de um ano pré-eleitoral, ano que vem temos eleição. No último mês de junho, observamos uma série de mobilizações organizadas pelas redes sociais que levou milhares às ruas para protestar por melhorias em diversos setores”, ponderou.

Na avaliação de Padilha, se em outras eleições o preparo para o combate digital não atingiu seus objetivos, hoje não há hipótese de haver sucesso se o Partido não conjugar militância e redes sociais. “Temos 100 milhões de brasileiros que participam das redes sociais e não temos o mesmo número de pessoas engajados nas disputas eleitorais. Será uma eleição diferente das anteriores, às quais temos que nos preparar”, afirmou.

Padilha ressaltou o papel desempenhado pelo PMDB nas ações políticas que servem de apoio aos programas governamentais. “Ninguém governa o Brasil sem o PMDB, nosso Partido é o fator da estabilidade política ao atual governo. Hoje vamos olhar o que já fizemos e o que estamos dispostos a fazer. Vamos ouvir estado por estado e fazer um relatório do que está acontecendo, saber como anda o cumprimento das metas feitas no ano passado e o estabelecimento de novas metas, inclusive com nossa preparação para a entrada das redes sociais, para projetarmos o amanhã”, declarou.

De acordo com Padilha, com o evento Conexão – Mídias Sociais, que será realizado nesta quarta-feira (20), em Brasília, a Fundação pretende elaborar a espinha dorsal do que será a atuação do Partido nas internet nos pleitos de 2014. “A campanha tradicional não consegue cobrir a agilidade das redes sociais. Estamos diante de uma revolução na forma fazer política. E precisamos nos preparar para isso”, enfatizou.

ELEIÇÕES 2014 – Em seu discurso, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), destacou a relevância do trabalho desenvolvido pela Fundação Ulysses Guimarães em todo o país, especialmente as estratégias de expansão adotadas pelo presidente Padilha. “A FUG já fez e vai continuar a fazer uma transformação no nosso Partido. Sem a Fundação não chegaríamos a eleger mais de 8 mil vereadores nas eleições municipais de 2012”, elogiou.

Para Raupp, o PMDB não pode viver somente da sua história, que deixou marcas profundas na história política nacional, mas deve se focar nos desafios que precisam ser enfrentados nos próximos anos. “Os cursos ministrados pela Fundação têm sustentado as bandeiras peemedebistas, mas agora devemos, além de resgatar algumas bandeiras que foram fundamentais no passado, lutar por outras, mais atuais, como a mobilidade social”, lembrou.

Sobre as eleições de 2014, Raupp defendeu o trabalho interno a ser feito pelo Partido no sentido de aumentar o número de candidatos a deputados federais. “Hoje temos estados nos quais o PMDB pretende lançar apenas dois ou três candidatos. Precisamos reverter esse quadro e trabalhar para lançar chapas cheias. Quero fazer esse apelo, inclusive para lembrar a todos que são as cadeiras de deputados federais que definem o fundo partidário e o tempo de televisão”, disse.

O vice-presidente da República, Michel Temer, chamou a atenção para a importância do pronunciamento feito pelo presidente da legenda, no que se refere aos preparos para as eleições do próximo ano. “Raupp colocou muito bem, de forma pragmática, a necessidade de trabalharmos para eleger um grande número de deputados federais. Acho importantíssimo que nos lembremos dessa questão”, insistiu.

Temer recordou também a relevância da Fundação como centro de debates e estudos do partido. “A Fundação Ulysses Guimarães é a mais expressiva das fundações partidárias. Vejo que a FUG não ficou apenas nas palavras, houve ação para o fortalecimento programático do PMDB”.

O poder da Constituição, historicamente defendida pelo PMDB com Ulysses Guimarães e outros importantes nomes do Partido, também foi lembrado por Temer como fundamento norteador das mudanças que a sociedade brasileira enfrenta. “As teses do liberalismo, o enaltecimento dos direitos individuais garantidos pela Carta Magna, marcou a primeira fase da nossa democracia quando surgiu o estado brasileiro. Sociologicamente, historicamente, o Estado é o mesmo, mas juridicamente não. As conquistas sociais foram o segundo momento. Quando nós do PMDB cumprimos esses pressupostos estamos de acordo com as lutas do povo”, afirmou.

A avaliação desses momentos é, segundo Temer, fundamental para que se possa entender o cenário político e social de hoje. “Num passado recente nos enchemos de democracia, praticamos as liberdades individuais e públicas. Obviamente, em algum momento só a liberdade de protestar não bastou. Faltava ao povo o pão sobre a mesa. Direito à moradia e direito à alimentação, são regras programáticas, que impedem qualquer iniciativa governamental que não seja no sentido de garantir esses princípios. O Bolsa Família, que cresceu com o apoio do PMDB e o Minha Casa, Minha Vida são bons exemplos disso. Democracia social que está conectada com a democracia liberal”, analisou.

Em suas ponderações, o vice-presidente afirmou que sem o cumprimento da ordem jurídica não há estabilidade política. “Por essa razão, é preciso que nos foquemos nos cinco ou seis pontos que se tornem nossas bandeiras. Se é educação, temos que escolher um ponto para forcarmos nossa luta. Assim não seremos somente postulantes de cargos e sim postulantes que têm propostas para o país. Vamos nos apresentar como uma agremiação que terá candidatos e bandeiras”, completou.

Temer avaliou ainda o cenário que permeia a recente onda de protestos que ocorre em diversos estados brasileiros. “Aquele mesmo que postulou primeiro a liberdade, agora pleiteia eficiência dos serviços públicos e nas artes políticas, que é a exigência de ética. Por isso temos o dever de revelar um programa com cinco ou seis pontos com o foco da eficiência, como melhorar os serviços públicos, a mobilidade urbana e tantas outras reivindicações, que vão nos orientar nas campanhas de 2014”, pontuou

Alianças – Por último, o vice-presidente defendeu que o PMDB esteja voltado para o crescimento partidário interno, independentemente das alianças políticas firmadas nos estados. “Não podemos aceitar mais essa coisa de um peemedebista trabalhar para uma candidatura que não seja do Partido. Os prefeitos, vereadores devem ter em mente a necessidade de trabalhar para os candidatos do PMDB e não de outras agremiações. Percebo que esta é uma regra de leniência de alguns pontos do PMDB. Alianças eleitorais são admitidas, mas as campanhas devem ser do PMDB para o PMDB”, destacou.

Temer afirmou ainda que neste momento até março a teoria é fundamental para que possam ser definidas as prioridades políticas do PMDB. “Depois disso deve permanecer apenas o pragmatismo que nos fará vitorioso nas campanhas de 2014. Tenho muita alegria e satisfação de pertencer ao MDB e hoje ao PMDB”, concluiu.