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A boa surpresa do emprego

11/08/2017

Em julho deste ano, cinco setores da economia contrataram mais trabalhadores com carteira assinada do que demitiram. Em primeiro, veio a indústria de transformação, com 12.594 vagas abertas. O comércio registrou 10.156 novos postos. E o setor de serviços contratou 7.714 trabalhadores formais.

 

Jornal,
O Estado de São Paulo

O setor privado foi a grande fonte de criação de vagas com carteira em julho, quando 35.900 postos foram adicionados ao estoque de emprego. O resultado foi uma surpresa, porque analistas consultados pela imprensa vinham prevendo até uma retração temporária nas contratações. Com esse avanço, a geração líquida de empregos – diferença entre admissões e demissões – aumentou por quatro meses consecutivos. Essa sequência reforça a percepção de uma retomada, embora ainda lenta, de atividade em vários setores empresariais. A desocupação permanece muito alta, com mais de 13 milhões de pessoas em busca de trabalho, mas a melhora no segmento formal é um sinal sem dúvida alentador, especialmente porque o desemprego demora a cair quando a economia sai de uma recessão – no caso, a mais severa da história republicana.

Dois detalhes do quadro apresentado pelo Ministério do Trabalho, nesta semana, são particularmente animadores. O primeiro é a amplitude do movimento. O saldo de contratações foi positivo em cinco dos oito grandes setores cobertos pela pesquisa mensal. Durante algum tempo, a criação de vagas foi liderada, com folga, pela agropecuária – um reflexo do crescimento de várias lavouras. Em julho, o saldo de empregos foi positivo na indústria de transformação, no comércio, nos serviços, na agropecuária e na construção civil.

O segundo ponto especialmente estimulante, nesse quadro, é a liderança da indústria de transformação, com abertura líquida de 12.594 postos. Os empregos industriais normalmente oferecem as melhores condições de contratação, pela segurança, pelos salários diretos e pelos benefícios complementares. Além disso, os postos criados se incluem, quase sempre, entre os mais produtivos da economia urbana.

 

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