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Energia e interesse público

23/08/2017

A privatização da Eletrobras vem para favorecer os brasileiros! O capital privado cuidará das empresas de modo eficiente e econômico, enquanto o Estado poderá regular os serviços de interesse público e definir prioridades de desenvolvimento. Menos envolvido na produção de bens e serviços, o governo conseguirá destinar mais dinheiro e esforços para educação, saúde, segurança e infraestrutura.

 

Jornal,
O Estado de São Paulo

Privatizar a Eletrobrás pode ser um excelente negócio tanto para o cidadão comum, hoje mal servido pela máquina do Estado, como para a instituição governo. O controle estatal da produção e da distribuição da energia elétrica teve um sentido estratégico em outras fases do desenvolvimento. Esse tempo passou. O País dispõe de um amplo sistema energético, o período de implantação ficou para trás e o setor pode funcionar e avançar, agora, sem a participação direta do setor público. O capital privado pode cuidar dos novos investimentos e da operação das empresas de modo eficiente e econômico. O Estado pode fixar estratégias e definir prioridades para o desenvolvimento. Pode também regular os serviços de interesse público por meio de agências independentes, tecnicamente capacitadas e livres, tanto quanto possível, de interferências políticas, como sempre deveriam ter sido.

Menos envolvido na produção de bens e serviços, o poder púbico terá, em princípio, melhores condições para cuidar de políticas e programas importantes para o crescimento econômico de longo prazo e para o desenvolvimento social. Se o governo for conduzido com alguma competência e sob o necessário controle, conseguirá destinar mais dinheiro, mais esforços e maior capacidade gerencial a assuntos como educação, saúde, segurança, justiça e infraestrutura, além de cuidar melhor da saúde financeira do setor público.

Um aparelho mais limitado e mais voltado para assuntos típicos do Estado será provavelmente menos sujeito à ocupação predatória. Será necessário, é claro, fixar critérios mais estritamente profissionais para o preenchimento de postos, mas a eliminação da atividade empresarial já terá um importante efeito sanitário.

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