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Alceu Moreira: nós temos que buscar a igualdade de oportunidades
17/09/2021O segundo dia dos debates “Um Novo Rumo para o Brasil”, dedicou-se a temática “Crise fiscal, crescimento econômico e democracia”. Os presidentes das fundações/institutos, organizadores do evento, participaram desta mesa de discussões. O expositor foi o ex-ministro Roberto Brant, e contou com os debatedores Zeina Latif, José Roberto Afonso e Bernard Appy. Os trabalhos foram conduzidos pelo ex-deputado Marcus Pestana.
A pressão fiscal que assola o crescimento do país e por consequência a geração de empregos, impede uma possível melhora nas condições de vida da sociedade, sobretudo nos mais vulneráveis e piora as projeções de recuperação econômica nacional, foram temáticas abordadas no painel.
O presidente nacional da FUG, deputado Alceu Moreira falou sobre a igualdade de oportunidades. “O bem maior de uma sociedade é seu povo. Eu me acostumei a ouvir nos microfones da Câmara dos Deputados que nós temos que cuidar da desigualdade. E em que lugar mesmo nós temos igualdade? Em nenhum”, questionou. E, afirmou “Nós temos que buscar a igualdade de oportunidades, isto sim”.
Para ele, hoje as escolas deveriam ser um espaço de descoberta, para despertar o interesse das crianças, dos jovens e dos adultos, e “tirar do passivo social cerca de 80 milhões de brasileiros que estão inabilitadas para gerar trabalho e renda, ou estão semi-habilitadas para gerar trabalho e renda”.
Segundo do deputado, se o estado sozinho não consegue fazer um arranjo que consiga tirar as pessoas do passivo social, “ele (o estado) deve unir as forças federais, estaduais e municipais, mais as instituições coletivas, como o Sistema S, para tirar as pessoas do passivo social, e colocar na inclusão produtiva”.
O ex-deputado Marcus Pestana, coordenador do painel, afirmou que “hoje nós vivemos uma crise conjuntural seríssima. Além do problema crônico estrutural da armadilha do baixo crescimento, se soma a isso uma crise conjuntural que é multifacetada, uma crise sanitária profunda, o empobrecimento da população, inflação ameaçando sair de controle, e nós reunimos aqui para discutir uma visão do futuro, não só no diagnóstico do presente, mas principalmente um olhar sobre o futuro”.
Reformas – Alceu Moreira também ressaltou que é importante falar em ajuste fiscal, em reforma tributária, porém não é possível encontrar equilíbrio na economia, “quando o nosso país concentra a renda e deixamos 80 milhões de pessoas sem acesso ao mercado de trabalho, ao mundo digital”, observou.
O expositor, o ex-ministro Roberto Brant, observou que “o baixo crescimento do Brasil é um enigma que nós temos de enfrentar. Hoje a palavra chave quanto às questões econômicas são as políticas de estabilidade e as reformas liberais do Estado. As reformas liberais do Estado são essenciais”.
O presidente da FUG lembrou também que a fundação apresentou o documento “Todos por um só Brasil”, que é uma construção baseada em um governo de centro, tendo como exemplos os governos presidenciais do MDB.
Ao finalizar, ele reafirmou que o maior ativo, o bem maior, de uma sociedade são as pessoas. “Nós precisamos reformular definitivamente a educação de tal maneira que as pessoas tenham condições de se prepararem. É preciso ter uma forma de recuperação para eles voltarem para a economia, para gerar trabalho e renda, gerar dignidade. Ter uma economia gigantesca no país que está no passivo social, dormindo, enquanto nós fazemos conta para economizar aqui ou gastar ali”, disse.
Você pode acompanhar os debates pelo site https://seminarionovorumo.com.br/ Ou pelo canal do YouTube (Clique aqui).
Thatiana Souza – Assessoria de Comunicação FUG Nacional