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Armínio Fraga: um país mais calmo, uma democracia mais segura, deslancharia a economia

02/07/2021

A Fundação Ulysses Guimarães e o MDB realizaram na última segunda (28/6) o debate “Desafios da Economia”, com o economista Armínio Fraga. As discussões foram conduzidas pela ex-senador José Fogaça, que é presidente do Conselho Editorial da FUG e coordenador o projeto “O Brasil precisa pensar o Brasil”, que contempla uma série de debates visando a construção de soluções para os grandes temas da sociedade.

O ex-presidente do Banco Central dividiu sua apresentação em quatro blocos: a macroeconomia, a produtividade/crescimento, a desigualdade e os grandes temas institucionais. Dessa forma, ele apresentou suas perspectivas quanto ao cenário atual com a Covid19 e as alternativas para a recuperação econômica do Brasil.

Segundo Armínio Fraga, ele considera que o país precisa melhorar em três aspectos principais: investimento em infraestrutura como locomotiva do crescimento, priorização da reforma do estado, junto com políticas de redução da desigualdade que possibilitem maior mobilidade social.

“Há uma necessidade de uma plano de voo que nos dê um horizonte de tempo. O Brasil precisa sair dessa rotina de que a cada dez ou oito anos têm uma crise . Não há crescimento que resista, pois gera incerteza e sofrimento”, advertiu.

Para ele, “o Brasil é muito desigual e é preciso trabalhar para aumentar a mobilidade, com a busca de igualdade e oportunidades. Mas, para avançar, precisamos ter educação pública de qualidade, saúde de qualidade e segurança. Estes temas são indispensáveis para o crescimento e avanço do país”.

Sobre o ajuste fiscal, Fraga afirmou que vai além do teto, e que precisa ser revisto para encarar os grandes blocos de gastos – tributários, previdência e folha de pagamento – , com metas estabelecidas levando em conta a conjuntura do país. “Um país mais calmo, com uma democracia mais segura, as regras do jogo mais estáveis e com o processo de revisão previsível, deslancharia a economia”.

Ao concluir, Armínio Fraga acrescenta que falta ao país uma agenda política. E, para as reformas avançarem, precisamos retirar as barreiras políticas que tornam o ambiente tóxico. “Este ritmo que o Congresso tem empreendido nos levaria muito longe, são muitas reformas importantes. O que está fazendo falta é uma agenda política de construção e busca por convergências”.

“O que precisamos salvar agora é o futuro político, é a qualidade da nossa democracia, pois isso teria um impacto econômico maior que qualquer reforma econômica a curto prazo. E o MDB tem um papel importantíssimo a cumprir, é histórico, e precisa ser construído de uma tal forma que o resultado embutido seja de uma visão macro de país, pois não se pode perder o que já se conquistou”, finalizou.

“O MDB e a FUG consideram esta iniciativa de pensar o Brasil um momento marcante na vida das duas instituições. O MDB assume suas responsabilidades perante o país na construção de um projeto nacional, de recuperação econômica, de reafirmação política, com responsabilidade de futuro imediato do país”, disse José Fogaça.

Para o presidente nacional da FUG, deputado federal Alceu Moreira, é preciso ter um projeto claro que trate a economia de maneira liberal mas com profunda responsabilidade social. E, acrescentou: “um país desigual não oferece igualdade de oportunidades para as pessoas”.

O deputado Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, afirmou que “é importante olhar para o futuro com alguma esperança. O Brasil precisa retomar seu crescimento com responsabilidade, sem esquecer da agenda de equilíbrio fiscal, mas com um olhar para os mais pobres. Precisamos de uma projeto de recuperação do país com olhar para responsabilidade social”.

Você pode acessar a íntegra da palestra em: https://youtu.be/U2zbWE3QhS8

PARTICIPE DO PROJETO “O BRASIL PRECISA PENSAR O BRASIL” ENVIANDO SEU E-MAIL COM OPINIÕES E SUGESTÕES PARA: pensarobrasil@fundacaoulysses.org.br

Thatiana Souza

Assessoria de Comunicação Social FUG Nacional