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FUG encerra Seminário com importantes debates políticos
09/12/2010Brasília (DF) – O segundo dia do Seminário Estradas e Bandeiras Rumo aos Municípios 2012, promovido pela Fundação Ulysses Guimarães, em Brasília, foi marcado por intensos debates. Com a presença de lideranças políticas nacionais e estaduais, peemedebistas de todo o país defenderam estratégias e apresentaram sugestões durante o painel de discussões conduzido pelo presidente da FUG no Espírito Santo, Francisco Donato.
Para o presidente da FUG/RN, Gleire Belchior, o PMDB poderia priorizar nos seus quadros partidários a participação das mulheres. "O PMDB tem que colocar dentro das suas prioridades, ter mulheres capazes de ganhar as eleições. E cabe ao PMDB não perder esse pleito eleitoral".
O membro do Conselho Curador da FUG, Evandro Mesquita, disse que o MDB nasceu no momento da redemocratização do País, e o Partido (PMDB) guardou este histórico-político. "Foi graças à coesão que o MDB conseguiu que o país anoitecesse Ditadura e amanhecesse Democracia. Nós mantemos isso. Infelizmente temos sentido a má vontade da mídia nacional. Nós temos que ter coragem, diligência para mostrar a importância que o Partido teve e terá para o Brasil alavancar ainda mais".
Para Genebaldo Correa, secretário da FUG/BA, uma questão que o Partido deve debater é sobre coesão. E, para isso, a Fundação é importante para estudar, organizar, criar grupos e reuniões para discutir a temática.
Mulher – A Secretária Geral do PMDB Mulher, Regina Perondi, fez um apelo para que o partido e a Fundação ampliem a reflexão e o debate sobre a questão das mulheres dentro da legenda. “O preenchimento das cotas femininas no período eleitoral precisa ser revisto. Chegamos a encaminhar uma carta ao presidente do PMDB, Michel Temer, sugerindo que o Estatuto seja alterado para tornar obrigatória a inclusão de 30% de mulheres para as Executivas nacional, estaduais e municipais”, afirmou.
O presidente do PMDB de Mato Grosso do Sul, Esacheu Nascimento, disse que a Direção Nacional se empenha na construção de candidaturas viáveis de mulheres. “O partido precisa preparar mulheres para representar o PMDB. As candidaturas não podem ser colocadas pelas legendas às pressas, simplesmente para cumprir uma exigência da legislação eleitoral. O PMDB tem espaços para ser conquistados e as mulheres são grandes aliadas nesse processo”, ressaltou.
De acordo com a presidente do PMDB Mulher do Rio de Janeiro, Kátia Lobo, o Diretório no Estado foi o único a cumprir a cota de 30% de candidatas mulheres no último pleito. “No Rio tivemos 43 mulheres que foram candidatas. Esse número é resultado de um trabalho iniciado há algum tempo. Quando a cota se tornou obrigatória, percorremos todo o Estado divulgando a necessidade de despertar nas mulheres o desejo de se candidatar. É um dever cívico e as mulheres cariocas entenderam isso muito bem”, esclareceu.
Mídia – O professor Gervásio Neves (RS) ressaltou a importância do PMDB manter uma relação ativa com a mídia, pois hoje “a relação PMDB e mídia é muito complicada porque nós não pautamos nossas posições. Nós esperamos ser pautados. Se os jornais receberem textos dos nossos quadros, com certeza publicarão. Isto é uma questão importante dentro do partido. Precisamos dar a nossa pauta para a mídia”.
O debate interno também foi defendido pelo professor Gervásio: “temos que discutir as questões importantes para o partido, como reforma político-partidária e a questão do gênero. Temos que divulgar esse debate, mesmo que seja como uma provocação para a sociedade civil. O jornal é representante da sociedade civil, por isso temos que trabalhar com ele”.
A coordenadora do EAD em Minas Gerais, Aparecida Moura, afirmou que, com o programa de Formação Política, a Fundação sai na frente, criando uma “universidade do conhecimento nas bases do partido”. Ela informou que o EAD está presente em 100 municípios do Estado.
“Neste ano de eleições, aproveitamos para fazer fóruns regionais para discutir o programa de políticas públicas mais eficientes para as mulheres de Minas. Fizemos uma caravana de mulheres, com uma campanha de conscientização da questão de gênero e sobre a importância da formação política e do EAD da FUG”, disse.
Em Minas, a coordenação do EAD está levando um kit para todos os deputados estaduais com informações sobre o EAD, pois muitos deles não conheciam o programa e estamos convidando os parlamentares para participarem das diplomações. “Os parlamentares têm que ter a mesma linguagem que a base e devem saber o que está acontecendo nas bases”, defendeu Aparecida Moura.
Além dessas ações, a FUG de Minas inicia, em fevereiro, uma parceria com outros partidos para realizar os cursos de formação, principalmente destinados para os núcleos femininos.”Sugerimos também a realização de um curso de gestão para partidos políticos, pois, principalmente no interior, os militantes têm dificuldades para organizar o partido, questões técnicas geram grandes dificuldades, como repasse de fundo partidário, entre outros”, concluiu Aparecida.
Adenor Piovesan, coordenador do EAD em Santa Catarina, declarou que “nosso estado está empenhado nas questões da Fundação”. Ele falou sobre a articulação no estado para a eleição da chapa que teve Michel Temer como vice-presidente e que esteve presente em Santa Catarina cinco vezes durante a campanha.
Piovesan ressaltou a importância da proximidade das executivas nos encontros regionais. “Temos que buscar a participação do Michel Temer, agora que será o vice-presidente da República, para os encontros do nosso partido, porque isso dará um outro peso ao nosso partido e para nossos militantes”.
História – O deputado estadual Renato Henning (SC) disse que os cursos de Formação Política da FUG movimentaram o Estado e a entidade elaborou um projeto de trabalho estadual na mesma linha do plano nacional. “Pretendemos efetivar esse programa no próximo ano”, disse. O deputado lembrou que o PMDB é o maior e mais antigo partido político do Brasil. Em Santa Catarina, a FUG está fazendo um levantamento em cada município para lançar um livro com a história do PMDB catarinense. “Vamos conhecer acontecimentos que vão enriquecer a bela hi
stória do PMDB nacional. Precisamos inserir a história do partido nas suas divulgações”.
O vice-presidente da FUG nacional, deputado federal Edinho Bez (SC), enalteceu o trabalho da Fundação, sob a presidência do deputado Padilha. Garantiu que SC tem feito sua parte. “O PMDB é o maior partido do Estado e temos o privilégio de sermos respeitados pela sua história. Precisamos preservar essa história”, afirmou. Edinho Bez disse que tem “orgulho do PMDB, sobretudo agora com a eleição do vice presidente da República, que irá contribuir muito com a presidente nos assuntos do Congresso Nacional . E a FUG vai continuar prestando relevantes serviços ao país, como sempre fez”, assegurou.
A deputada estadual Sueli Aragão (PA), defendeu a união nacional dos peemedebistas e uma ação “mais corajosa” em defesa daqueles que têm a sua autoridade e sua integridade política ofendidas. “Precisamos ter mais coragem para brigar pelos companheiros. Também é preciso dar apoio para a organização do PMDB mulher”, disse.