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FUG reúne presidentes dos diretórios estaduais do PMDB para discutir o EAD

02/03/2008

Reunida grande parte da bancada peemedebista no Congresso Nacional, o encontro da Fundação Ulysses Guimarães (FUG) com os presidentes dos diretórios estaduais, realizado na tarde desta quarta-feira (12/12), na Câmara dos Deputados, marcou a integração entre partido e fundação, medida necessária para que se concretize, em todo país, o Curso de Formação Política à Distância, o EAD

A sessão foi presidida pelo presidente da FUG, deputado Eliseu Padilha, que expôs o conteúdo e objetivos do curso e discorreu sobre a importância desta iniciativa para o PMDB, que busca o resgate das bandeiras e identidade do partido, presente no plano de ações da Fundação para 2007/2010.

Padilha explicou que esta é a forma de aumentar os números do partido – entre militantes, prefeitos, vereadores – e também para nomear um candidato à Presidência da República em 2010, uma das principais metas do PMDB. “Enquanto a base não se sentir integrada, não teremos líderes. Então, temos que trabalhar para que a base se sinta integrada e integrante do partido”, afirmou.

O Presidente Nacional do PMDB, deputado Michel Temer, endossou Padilha ao afirmar que o partido quer de volta a militância que tinha. “Nós tivemos um desmaturamento da idéia do que é partido. Para 2008 e 2010 temos que ter as mesmas idéias que serão levadas, cumpridas e divulgadas em todo país”, afirmou. O deputado Iderval Silva (TO) foi enfático ao afirmar que a FUG faz, com esta iniciativa, o papel do PMDB, que está perdendo a militância ao distanciar-se das bases.

Ficou claro, no entanto, que tanto a Fundação quanto o PMDB têm papéis distintos e cruciais nesse caminho. Padilha afirmou que a FUG se preocupa em mobilizar os militantes, mas cada Diretório Estadual do PMDB terá que contribuir, principalmente com estrutura. “Se não houver parceria, não vai ser possível esse trabalho”, disse.

Dificuldades

A questão crucial para implementação recai sobretudo na infra-estrutura necessária para disseminar o EAD em todo Brasil. Há localidades em que não há internet, ou mesmo energia elétrica, e o partido quer chegar a todos os municípios do país.

A deputada Fátima Pelaes (AP) disse que no Amapá há muita vontade de ampliar o debate. A população se mostra muito interessada, mas há muitas desistências pela dificuldade de acesso.

O material organizado pela FUG para ser usado como base e suporte dos treinamentos nos estados conta com dois DVDs e um CD. Um dos DVDs contém a história de implantação do EAD no Rio Grande do Sul, e o outro com todo o programa de abertura realizado em Brasília nos dias 20 e 21 de novembro. O CD contém todos os slides apresentados nesses eventos.

O deputado Genebaldo Correa (BA) disse que a fundação tem que receber apoio e contribuição de toda a sociedade. “Este é um programa que tem que ter continuidade, não adianta formar apenas uma turma em cada local”, disse. O presidente da FUG respondeu que em tese, não há data para terminar, mas a fundação necessitará ter cada vez mais suporte. O deputado Celso Maldaner (SC) emendou ao dizer que é necessário haver metas muito claras para implantação, uma vez que “a receita do sucesso é planejar, monitorar e agir”, afirmou.

A deputada Tete Bezerra (MT) afirmou que não se deve esperar que recursos venham, é necessário agir com aqueles que se têm. “Em um município do meu estado nós não tínhamos a prefeitura, então organizamos na Câmara dos Vereadores, em que o presidente da Casa era do PMDB nos forneceu a estrutura, água, café, tirou as cópias necessárias e deu tudo certo”, exemplificou.

O deputado Tadeu Filipelli (DF), no entanto, disse que no Distrito Federal a situação é menos crítica, uma vez que não há municipalidade. “No DF há apenas dezessete zonais, então nossa meta é auxiliar o entorno”, afirmou.

Tete Bezerra ainda recomendou que o PMDB planeje diretrizes do partido para serem ensinadas aos militantes formados. “Precisamos de uma gestão de mandato”, afirmou, ao justificar que esta medida é também necessária em vista do cenário atual, em que há obrigatoriedade da fidelidade partidária.

Um dos desafios para implementar o projeto em todo país é formar militância para gerar voluntariado. O presidente da FUG afirmou que quem estiver disposto a fazer esse trabalho de mobilização terá um árduo caminho pela frente. “Não vai pensar que é fácil, é sempre um desafio”, disse. O deputado Flaviano Melo mostrou-se engajado com o projeto, ao afirmar que “vai pegar com unhas e dentes, porque isso é motivação para o partido e para as bases”, disse.