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JPMDB investe na formação política

26/03/2012

Recém-empossado presidente da Juventude Nacional do PMDB, Marco Antônio Cabral comemora o sucesso do 2º Congresso Nacional da Juventude do partido, realizado entre 16 e 18 de março, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), fala sobre as prioridades de sua gestão, e traça metas para as eleições municipais deste ano.

Qual sua avaliação sobre o 2º Congresso Nacional da JPMDB que acaba de ser sediado no Rio de Janeiro?

É muito positiva. O Congresso Nacional contou com a participação de 19 estados da Federação e nós nunca tivemos uma presença tão grande da juventude nesse tipo de evento. Foram três dias de debates em que tivemos seis grupos de trabalho e quatro palestras, entre elas a do presidente da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), Eliseu Padilha, que lançou o curso de formação política para a juventude, e outra sobre marketing eleitoral, já que estamos em ano de eleições.

Quais as propostas aprovadas no encontro?
Aprovamos importantes propostas que se tornaram resoluções da JPMDB para guiar nosso trabalho pelos próximos anos: luta pela aprovação do Estatuto da Juventude, paridade nas executivas municipais, estaduais e, nacional da JPMDB e do PMDB entre os gêneros, aplicação de 10% do PIB para Educação, obrigatoriedade do curso de formação política para candidatos, elaboração de um manual de redação institucional para criar uma unidade visual e de linguagem da Jota, e ainda a reserva de 5% do fundo partidário para a Juventude do PMDB.


Durante o Congresso você assumiu a presidência da JPMDB Nacional. Quais são suas prioridades no cargo?
Lançar no mínimo 8.500 candidatos jovens no Brasil. Essa meta foi estabelecida pelo então presidente Gabriel Souza e tenho certeza de que é factível. Também pretendemos realizar um seminário sobre Movimento Estudantil no mês de maio para debater questões importantes e avanços. Acredito que esse seminário possa dar um embasamento muito grande para os estudantes que militam nos DCEs das universidades e nos grêmios estudantis Brasil afora. Pretendemos produzir uma revista mensal para ser divulgada também na Internet.


Qual será sua linha de atuação à frente da JPMDB?
Vou dar continuidade ao trabalho do presidente Gabriel Souza de unificar o partido e andar pelo Brasil. Não adiantaria assumir a juventude sem compromisso de ir aos estados. E é o que pretendo fazer. No dia 31 deste mês, por exemplo, vou ao Rio Grande do Norte para a convenção estadual. Vamos trabalhar com foco nas eleições municipais deste ano em todos os estados.


Por que investir na formação dos jovens do partido?
Nosso objetivo com o curso de formação política para a juventude é preparar no mínimo 10 mil jovens este ano. É um curso leve e prático, eu já assisti às aulas que a Fundação Ulysses Guimarães preparou em parceria com as duas maiores faculdades de Ciências Políticas do Brasil. O curso dará um embasamento muito grande para o nosso jovem militante não só pedir votos, mas ser votado também. Além de favorecer os jovens candidatos, o curso irá facilitar o crescimento e a atuação da nossa juventude na política brasileira. Vamos preparar o jovem para a carreira política e para que ele se engrandeça como cidadão brasileiro.


Em sua opinião quais são as principais necessidades da juventude brasileira?
O Brasil deu um grande salto de qualidade nas políticas públicas relacionadas à juventude no governo Lula. Nós tivemos o Prouni, que permitiu o acesso de milhares de jovens às universidades; tivemos o Reuni, expandindo as universidades públicas federais, e o ProJovem, importante na qualificação dos jovens. Mas, o índice de evasão no ensino médio brasileiro ainda é muito alto. Temos que lutar para que os governos estaduais dêem um enfoque especial a esse tema. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Governo lançou o programa Renda Melhor Jovem, que além de estimular os alunos com bolsa de estudos, evita a evasão escolar.


Sobre o Estatuto da Juventude, qual o posicionamento da JPMDB?
Vencemos a primeira batalha. O Estatuto da Juventude foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A atuação do relator o senador Eunício Oliveira do PMDB do Ceará, com quem estivemos, foi fundamental para mais esta conquista da juventude. Agora vamos nos mobilizar para que ele seja aprovado no plenário da Câmara e sancionado pela presidente Dilma. Outra bandeira do nosso partido é a ampliação do ensino técnico pela qualificação da mão-de-obra para que os jovens de cada região do Brasil possam disputar as boas vagas de emprego que estão surgindo com o crescimento econômico.


Como a JPMDB pretende estimular seus filiados a lançar candidaturas?
Esse é um processo natural. Antigamente, o PMDB buscava jovens em outros partidos para disputar eleições. Hoje, temos um quadro mais preparado, capaz de disputar e vencer as batalhas eleitorais. Isso mostra que nossa Juventude passou por uma grande reestruturação e hoje vive a maturidade. O curso de formação política que vamos oferecer pela FUG é para melhorar ainda mais o nível dos nossos candidatos, por isso é fundamental a participação de todos. Nossa expectativa é eleger pelo menos 30% (2.555) dos 8.500 jovens que sairão candidatos nas eleições municipais deste ano. Vamos trabalhar pelo Brasil inteiro para levar essas lideranças às câmaras municipais e às prefeituras.

 

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