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Mulheres inspiradoras: conheça a trajetória de quatro colaboradoras da Fundação

07/03/2018

 No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a FUG vai dividir com seus leitores, histórias de quatro colaboradoras da Fundação. Em comum, elas partilham da mesma vontade de contribuir para um mundo socialmente mais justo, onde todos tenham acesso à formação.

Política no DNA

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Flávia com a turma de Dicção e Oratória, em Garuva (SC)

A catarinense, Flávia Vicente (33), nasceu em Rio Negrinho, município localizado a cerca de 90 km de Joinville (SC). Formada em Administração de Empresas, ela decidiu seguir os passos do pai, vereador do município por três mandatos, e se candidatou ao cargo de vereadora, tomou posse como suplente, sendo a segunda mulher mais votada na cidade. De lá para cá, assumiu a presidência da Juventude do MDB (JMDB), em sua cidade natal, onde também faz parte do MDB Mulher.

Sua participação na FUG aconteceu há um ano, a convite do presidente da FUG-SC, Carlos Chiodini, que considerou o perfil comprometido de Flávia com o desenvolvimento do cidadão. “A Fundação me deu a oportunidade de conhecer o meu estado, cidades que somente conhecia pelo mapa, e outras culturas. Profissionalmente fiz novos amigos, trocamos conhecimento, presenciei a luta das pessoas pelo que elas acreditam”, contou a mediadora que se orgulha dos 6 mil alunos formados e ainda destaca a grande demanda feminina pelos cursos. “Me impressiona que a maioria dos alunos são mulheres, porém precisamos ampliar a nossa participação e representatividade no meio político, onde ainda somos minoria”, conclui.

Vontade de transformar

“Uma história de amor”, assim define Cristina Leite (40) sobre a sua relação com a FUG. Presidente da FUG-RR, ela conta que conheceu a Fundação em 2007, quando despertou a vontade de contribuir com a formação política no Brasil. Começou como mediadora, levando os cursos EAD aos municípios do estado de Roraima. “Em todos esses anos de FUG, presenciei muitas histórias de luta, conquistas e superação. Me apaixonei pelo trabalho, pela possibilidade de transformar a vida das pessoas. É muito gratificante ver a esperança no olhar de pessoas, que não teriam acesso à formação, se não fosse pelo nosso esforço de levar até elas a educação”, revela Cristina, e garante que os esforços não param por aí “Nosso objetivo é alcançar cada vez mais gente e continuar contribuindo efetivamente na formação dos novos quadros políticos de Roraima, sendo determinante na formação e no empoderamento político não só das mulheres , mas dos jovens, dos indígenas e das comunidades ribeirinhas”, enfatiza.

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Cristina apresentando o Curso de Dicção e Oratória na Comunidade Indígena Taiano, em Alto Alegre (RR)

Questionar para mudar

“Desde pequena fui inquieta com as desigualdades sociais”, revela Lívia Flávia Araújo (29), mediadora da FUG-Uberlândia sobre a sua vontade de contribuir em causas sociais. Foi motivada por esse inconformismo que aos 14 anos participou do Grêmio estudantil, a fim de melhorar a quadra de esportes de sua escola. “Nessa época, desenvolvi muito meu senso crítico. Questionava tudo que acontecia ao meu redor e buscava soluções para tudo”, lembra.

Durante a faculdade de Administração, Lívia desenvolveu um projeto que levou a inclusão digital às crianças carentes de uma escola municipal. A partir daí, descobriu a importância do trabalho social e como tantas pessoas dependiam da ajuda dos outros para terem acesso ao básico da educação. Em 2013, integrou o time de mediadores do Programa de Formação Política da FUG, em Uberlândia (MG) e, desde então, não parou mais. “Trabalhar na Fundação para mim é trabalhar ao lado do meu propósito de vida, é ser esperançosa e ao mesmo tempo inconformada com o cenário atual. Quero sempre batalhar para melhorá-lo, através da educação, da formação e do conhecimento”, ressalta Lívia, que hoje atua como secretária Estadual de Formação Política, além de presidir o MDB Jovem e participar da Executiva como secretária adjunta do MDB-Uberlândia.

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Lívia entrega os certificados do curso de Dicção e Oratória para os alunos da Escola Estadual Parque São Jorge, em Uberlândia (MG)

Pequena grande mulher

Sávia Midiã é um exemplo de que idade e gênero não definem competência, quando se trabalha com responsabilidade. Aos 21 anos, essa jovem capixaba, natural de Ibatiba (ES) carrega uma vasta bagagem de experiência na vida política, a qual ela define como “fruto do seu sonho de mudar o mundo”.

Esse sonho começou quando, aos 13 anos, depois de disputar sete vagas entre todas as escolas municipais, foi eleita vereadora mirim por Ibatiba. Nessa época, presidiu a Câmara Municipal Mirim e percebeu, para a sua surpresa, que era a única mulher, entre os vereadores. “Nunca tive dificuldade de transitar no meio político por ser mulher, mas é óbvio que o preconceito existe. Sempre tem quem fale: fulana só chegou até aqui porque é íntima de beltrano, ou: é mulher então não tem o posicionamento forte. Claro que a insegurança bateu, imagina: jovem, caipira e mulher. Mas nunca me senti fragilizada e não sou feminista, apenas entendo que a mulher precisa ser respeitada e ter os mesmos direitos que os homens”, explica.

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Sávia durante campanha de reflorestamento do Lago Nogueira, em Petrópolis (RJ). Participação dos alunos do ensino infantil, do município.

Em 2014, Sávia mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar e iniciar o curso de Direito. Durante a faculdade, percebeu que o curso de Formação Política da FUG – que ela já conhecia –  seria uma importante ferramenta para complementar o curso. “Esse foi um passo importante. Consegui levar o curso da FUG para a faculdade e, por um mês realizamos aulas duas vezes por semana. Passei a ser reconhecida como a menina da FUG e provei para as nossas lideranças que ainda é possível atrair jovens para o partido por meio da formação política”, destaca. No início deste ano, Sávia assumiu a Diretoria de Formação e Qualificação da FUG-RJ, onde vem realizando novos projetos para a fundação.

Atualmente, a FUG conta com o trabalho 2.569 mediadoras, por todo o Brasil. Para Cris Baptista, mediadora e assessora de Coordenação do Programa de Formação Política da FUG, essa participação significativa repercute no bom desempenho dos trabalhos da Fundação e ajuda a construir a história do empoderamento feminino na política e na sociedade. “A mulher, seja qual for a importância da posição que ocupe na sociedade, sempre terá de transpor duros obstáculos, sempre terá de lutar mais arduamente para vencer. Na Formação Política, além de tratarmos da educação, partilhamos experiências e ajudamos a construir novas histórias”, finaliza.