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O Brasil RENASCE

02/06/2017

O governo Temer assumiu o comando do país em meio a maior recessão da história brasileira: queda de quase 4% do PIB em 2015, desemprego crescente, renda em declínio, inflação na casa dos dois dígitos. O diagnóstico não podia ser pior – o paciente estava na UTI e sem perspectiva de melhora. O desafio era enorme, o objetivo muito claro: colocar o país nos trilhos. Eis que a semana termina com notícias alvissareiras e a confirmação de que estamos no caminho certo.

O país saiu do longo e tenebroso inverno da recessão e cresceu 1% no primeiro trimestre do ano na comparação com os três meses anteriores. E não foi só. O desemprego em abril teve a primeira queda desde 2014 e o Copom reduziu a taxa básica de juros em mais um ponto percentual para 10,25% ao ano. Caminhamos rapidamente para alcançar a taxa de um dígito no segundo semestre.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, classificou a saída da recessão após dois anos como um “dia histórico”. Ele tem razão. Há muito o que comemorar. A agropecuária teve um desempenho excepcional, com o melhor resultado em 20 anos. É preciso reproduzir nos demais setores a modernização e pujança do setor agrícola, que terá safras recordes de arroz, milho e soja. A indústria também dá sinais de reação. Aos poucos diminui a capacidade ociosa.

O próximo passo é a volta dos investimentos – com a retomada da confiança dos empresários – e do consumo, com o aumento da renda e do emprego.

Quer dizer que o nosso trabalho acabou? Não, muito pelo contrário. Está apenas começando. Tudo isso foi previsto e planejado no programa Uma Ponte Para o Futuro, elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães como um guia para o governo. Construímos bases sólidas, mas ainda estamos para iniciar a Travessia Social.

A irresponsabilidade da política econômica do governo anterior fez o Brasil retroceder ao patamar de crescimento de 2010, o que dá a dimensão da dificuldade e complexidade do nosso trabalho. Foram sete anos perdidos.

Para recuperar investimentos, emprego, consumo e renda a aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista é inadiável. Somente assim vamos reconquistar a confiança de empresários e consumidores. Está claro que o principal problema do país é a economia.

O desemprego varre a esperança das famílias, desestrutura planos, adia sonhos. Nós, da política, somos responsáveis por ajudar o país a voltar a crescer. O governo Temer articulou a maior base de apoio em anos para aprovar reformas fundamentais para a nossa geração e as próximas.

Vivemos um momento difícil, mas não vamos parar. E o crescimento do PIB no primeiro trimestre só nos dá mais força para seguirmos adiante. A economia anda à frente da política e clama por responsabilidade e esforço conjunto. Cada um dos três Poderes deve ter autonomia para trabalhar.

O Executivo busca propor os melhores projetos e reformas e desenvolver programas nos diversos ministérios. O Congresso precisa de estabilidade para debater e aprovar as reformas e votar projetos importantes. E o Judiciário tem toda a liberdade para desenvolver o seu trabalho. Mas todos devem ter em mente o mesmo objetivo: um país melhor e mais estável para os brasileiros.

Nas próximas semanas, o Congresso vai votar a reforma da Previdência e o Senado, a trabalhista. O governo fez mudanças importantes na proposta das aposentadorias para tornar o sistema mais equilibrado financeiramente e justo socialmente. É consenso no mercado que a aprovação das novas regras dará fôlego às contas públicas e trará de volta a confiança na economia.

O governo Temer é o fiador das reformas, sem as quais a recuperação só vai demorar mais ou pode se perder no horizonte.

O que vai acontecer daqui pra frente é responsabilidade de cada um de nós e dos representantes do povo. O programa de crescimento está dado. Foi arquitetado competentemente por muitas mãos: pela nossa brilhante equipe econômica, pelos incansáveis articuladores políticos e pelos parlamentares responsáveis que prezam o futuro do país. Nosso governo é feito dessa união.

A missão para o próximo ano é clara: reduzir ainda mais os juros, manter a inflação na meta ou abaixo dela, recuperar a confiança dos empresários e trazer de volta o consumo e o emprego. Mãos à obra.

Moreira Franco – ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

Matéria: https://glo.bo/2rrVQo5