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A importância dos povos indígenas na política: da flecha à caneta!

16/04/2025

Por muito tempo, a imagem do povos indígenas foi associada à floresta, ao arco e flecha, às tradições orais e à luta pela sobrevivência em meio às ameaças externas. No entanto, a realidade dos tempos atuais mostra que os povos indígenas seguem em luta — mas agora, não apenas nas matas ou nos territórios, e sim nos espaços de decisão, nas câmaras legislativas, nas prefeituras, nos conselhos, nas universidades e nos centros urbanos.

Hoje, a maior arma dos povos indígenas é a caneta.

A presença indígena na política é um marco histórico e necessário. É por meio da política que se asseguram direitos, que se criam leis de proteção aos territórios, à cultura, à saúde, à educação e à dignidade dos povos originários. Quando um indígena ocupa um cargo público, ele leva consigo não apenas uma história de resistência, mas a voz de milhares que, por séculos, foram silenciados.

A política feita pelos povos indígenas é coletiva, tem raízes profundas em valores como o cuidado com a terra, o respeito à ancestralidade e a valorização da vida. A participação indígena fortalece a democracia, promove justiça social e confronta as desigualdades históricas impostas a esses povos.

Por isso, é fundamental que a sociedade compreenda: apoiar a presença indígena na política não é apenas reconhecer um direito, é reconhecer a importância de um Brasil plural, diverso e mais justo. É garantir que a floresta fale. Que o saber ancestral ensine. Que a caneta escreva novos caminhos de esperança e transformação.

A luta continua, agora com a caneta na mão e a voz nas urnas.

Igor Marapara – Secretário Estadual da Juventude do MDB Bahia

Autores Igor Marapara