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FUG-RJ reúne pré-candidatos às eleições municipais para discutir regras eleitorais

26/07/2016

Pré-candidatos a prefeito e vereador
de todo o estado do Rio reuniram-se na sede da Associação Comercial do Rio de
Janeiro para debater as regras da campanha eleitoral de 2016. O seminário
“Encontro com candidatos”, promovido pela FUG-RJ, capacitou candidatos e
coordenadores de campanha, com o objetivo de conscientizá-los sobre o que pode
ou não fazer durante o pleito deste ano. O evento contou com palestrantes que
apresentaram dicas e orientações sobre os aspectos políticos, jurídicos e
financeiros.

O seminário
foi aberto pelo presidente da FUG-RJ, Amaury Cardoso, que destacou a
necessidade de analisar o contexto político e econômico complexo pelo qual o
país e o estado do Rio estão passando. “Muitos de nós temos experiência com
gestão e sabemos qual é a situação. Além disso, a população está cansada da
velha política e quer participar mais”, afirmou. Para Amaury, os candidatos a
cargos públicos precisam desenvolver melhores canais de comunicação com a
sociedade: “Há que se ter mais transparência em nossas ações e no contato com a
população. As instituições partidárias perderam a conexão com a sociedade, e o
PMDB quer renovar seus quadros”.

A repercussão
negativa da crise política e econômica influenciará a forma como os candidatos
devem se reportar à população. Segundo o professor de Ciência Política, Geraldo
Tadeu, a crise financeira que atinge também os municípios e a polarização
política formada nos últimos anos no país dificulta a comunicação. “Todo esse
processo afastou o eleitor da participação política”, explicou.

Para Tadeu, o
tempo curto de campanha por conta dos Jogos Olímpicos e o fim do financiamento
empresarial limitaram a atuação dos partidos: “As eleições estão muito
judicializadas, e o primeiro a denunciar alguma irregularidade será o
adversário”. Entre as formas de financiamento autorizadas estão a promoção de
eventos, fundo partidário, doações de pessoas físicas ao partido, e
contribuição de filiados. “Ao longo da campanha, sempre temos que estar atentos
ao que acontece a nosso entorno. Para isso, é necessário pesquisas
quantitativas e qualitativas para construir a imagem do candidato”.

Segundo o
cientista político Márcio Vieira, a fragmentação do sistema político-eleitoral
representa um problema para qualquer partido, e a Justiça tem ocupado um espaço
de fiscalização das campanhas inédito. “Não há mais espaço para amadorismos. A
igualdade de condições entre os candidatos foi estabelecida com o fim do
financiamento empresarial. O controle hoje é feito pelo TSE, TCU, TJ e Polícia
Federal”, explicou Márcio. O palestrante apresentou algumas regras para a nova
campanha, como o direito de resposta na Internet e a proibição de candidaturas
com multas eleitorais pendentes.

O sociólogo
Paulo Baía encerrou o seminário reiterando a importância das próximas eleições
para o futuro das campanhas eleitorais no Brasil: “É uma eleição-teste para
2018. Por isso, criamos no PMDB o curso ‘Saber para vencer’.